Com uma trajetória marcada pela gestão pública e inovação, ele é um dos responsáveis pela criação da Secretaria e agora lidera o setor em um momento de transformação digital no estado

Comunicativo, especialista em gestão pública e inovador, assim pode ser descrito Edgard Usuy, atual Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina (SCTI). Catarinense e com uma trajetória que cruza os setores público e privado, ele assumiu o comando da SCTI em junho de 2025, após um histórico de participação ativa na construção de políticas públicas ligadas à inovação e planejamento estadual.
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Edgard é graduado em Administração com foco em Gestão Pública, com pós-graduação em Direito do Estado, Ciência Política e um MBA em Relações Governamentais. Essa base acadêmica sólida foi um dos pilares para sua atuação estratégica em diferentes frentes do governo catarinense.
Antes de assumir a SCTI, ocupou o cargo de Secretário de Estado do Planejamento e esteve diretamente envolvido com o setor de tecnologia e empreendedorismo, atuando como consultor da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE).
A ligação do Secretário com a SCTI começou com a sua participação na formulação da base legal que criou a secretaria em 2023. Ele acompanhou de perto sua estruturação inicial, o que aumentou o senso de responsabilidade ao assumir a pasta.“Chego com essa carga de responsabilidade, justamente por Santa Catarina já ser reconhecida como um Estado inovador”, afirmou ao ser nomeado.
À frente da SCTI, Edgard tem enfatizado a importância de integrar o setor público às transformações tecnológicas que movimentam a sociedade. Segundo ele, a inovação é essencial para garantir que os serviços públicos atendam às demandas dos catarinenses com rapidez e eficiência.
“A inovação é essencial para que o Estado não fique atrás da sociedade. Minha motivação é tentar reduzir essa distância, trazendo mais agilidade, menos burocracia e mais entregas para a população catarinense” enfatiza o secretário.
Sob sua gestão, a SCTI trabalha de forma articulada com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC) e o Sapiens Parque, buscando fortalecer a chamada “visão sistêmica da inovação”. Uma das metas mais ambiciosas foi a consolidação da Rede Catarinense de Centros de Inovação, que passou de 15 para 24 unidades em todo o estado, cumprindo o objetivo de estabelecer pelo menos um centro em cada região representada por uma associação de municípios.
Para além dos projetos e metas de governo, o que move Edgard é a ideia de que a inovação deve ser uma ferramenta de transformação social.
“Diversas empresas nasceram dentro dos centros, passaram pela incubação e hoje geram empregos, renda e ajudam a consolidar a imagem de Santa Catarina.”
Ele acredita que o papel do Estado não é controlar o ecossistema, mas criar as condições para que floresça, respeitando o protagonismo da iniciativa privada e das universidades, que historicamente impulsionaram o desenvolvimento tecnológico em Santa Catarina.
A partir da SCTI, Edgard quer fazer da tecnologia e da inovação instrumentos de desenvolvimento regional e inclusão. Para isso, aposta na governança colaborativa, no fortalecimento das políticas públicas de base científica e tecnológica, além da construção de pontes entre o governo, a academia e a iniciativa privada.
Hoje, com mais de duas décadas de atuação, Edgard demonstra duas coisas com clareza: ele quer fazer da tecnologia um motor real de desenvolvimento social, e entende que o governo avança mais longe quando caminha junto com a sociedade.
“Seria ousadia querer desenhar sozinho o futuro do ecossistema, porque ele foi construído majoritariamente pelo setor privado, pelas empresas e pelo DNA empreendedor catarinense. O papel do Estado é apoiar, criar políticas públicas e oferecer soluções que potencializam essa evolução natural do ecossistema”, finaliza o secretário.
Por: Kassiani Gabriela Borge, Maria Tereza Dias Tassinari, Nicoly Lima da Costa Rodrigues e Sarah Werle