Com um nariz vermelho, vestidos de palhaços, os voluntários visitam pacientes e arrancam sorrisos no momento de tristeza
Júlia Beatriz
A história dos trapamédicos começou em 2006, quando Adriana Kreibich da Costa, fundadora do projeto e atual presidente, começou os trabalhos como Dra. Biscoito. Ao longo dos anos, diversas pessoas destinaram parte do seu tempo para realizar o trabalho e, atualmente, a equipe conta com cerca de 70 voluntários, entre eles palhaços, o projeto Trapapet, diretoria e conselho fiscal.
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Com o nariz vermelho, em duplas de palhaços de hospital, os voluntários buscam transformar o ambiente por onde passam, encantando adultos e crianças nos hospitais Santa Isabel, Santa Catarina, Santo Antônio e Clínica Renal Vida. Durante os plantões, cuidam do paciente, acompanhante e colaboradores das instituições. “Também temos o Projeto Alecrim, que leva música para UTI Neonatal e ala psiquiátrica do hospital”, conta Adriana.
No ano de 2013, a equipe cresceu com a chegada do Trapapet, que são cães com acompanhamento veterinário, avaliações comportamentais e de saúde, acompanhados dos seus donos. “O Trapapet busca promover a saúde e melhorar a qualidade de vida dos assistidos, nos âmbitos sociais, físicos, cognitivos e emocionais, sendo pessoas hospitalizadas, crianças e idosos que vivem em situação de vulnerabilidade. Atualmente as visitas são realizadas mensalmente na psiquiatria do Hospital Santa Catarina e no asilo São Simeão”, afirma.
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Durante os 13 anos do projeto, mais de 56 mil pessoas foram atendidas e neste ano, até o dia 16 de outubro, foram ao total 3.714 pacientes visitados pelos Trapamédicos e 201 pelo Trapapet. Os voluntários do projeto são formados em técnicas de voluntariado em ambiente hospitalar, técnicas de clown e todos os anos precisam cumprir horas de TrapaTreinamento, sendo que, por meio de um sistema, é possível controlar a escala e informações sobre o projeto.
Adriana acredita que a transformação do ambiente, a alegria e a leveza que os voluntários deixam ao sair do quarto, são os maiores efeitos causados nos pacientes. “Em qualquer parte do mundo que se realize um trabalho voluntário, com verdadeiro foco e propósito, esse é de grande importância. É um ato de amor, que o voluntário se doa sem esperar nada em troca, mas recebe muito”, conclui a presidente do projeto.