A experiência de pesquisar e desenvolver um artigo para a revista pela primeira vez
Iniciando este segundo semestre de 2025, fomos incumbidos de escrever um artigo para a Revista SOU que, particularmente, foi desafiador, especialmente por ser sobre incubadora de empresas, um tema do qual nós não tínhamos total conhecimento. Para entender que é este espaço onde ideias em estágio inicial recebem o suporte necessário para se desenvolverem e se transformarem em negócios sustentáveis, foi necessário realizar pesquisas e entrevistas.
A construção desta escrita representou um desafio metodológico e conceitual. A abordagem do tema exigiu um planejamento prévio para aprofundar o conhecimento sobre o assunto, e essa percepção do projeto como uma fronteira de aprendizado foi um sentimento comum entre os estudantes-repórteres desta edição. A fala do Max Augusto Heerdt Rulensky, um colega de sala, que em sua apuração mergulhou na história do Instituto Gene, que nasceu como uma incubadora e depois evoluiu para uma Organização da Sociedade Civil, hoje entidade gestora do Centro de Inovação Blumenau, sintetiza essa dualidade entre dificuldade e oportunidade: “Foi muito importante escrever para o tema, porque além de demonstrar a confiança que o grupo tem na Furb, ele também dá oportunidades para os alunos de aprenderem e evoluírem, mas definitivamente foi desafiador, pois desde o começo tentei me exigir muito no que podia entregar.”
Ao longo do processo, compreendemos que as incubadoras de novos negócios não se restringem apenas à tecnologia ou ao lucro. São locais onde pessoas com grandes ideias podem encontrar um ambiente seguro, conexões e mentorias com foco no desenvolvimento da empresa e dos colaboradores. Trata-se de um exercício para democratizar a inovação. Para fazer parte desse ecossistema, o primeiro passo é o Processo de Inscrição: a entrada na incubadora ocorre por meio de um processo seletivo (edital), sendo fundamental verificar a disponibilidade e aguardar a publicação de um edital em vigência para poder participar, além de possuir alguns requisitos pedidos pelo Gene.
Um dos principais desafios foi o resumo das informações, de modo que pudesse garantir a coesão e a clareza digital. As etapas, como a espera pela realização das entrevistas, mostraram-se necessárias para a apuração. A pesquisa sobre os múltiplos fatores envolvidos no ecossistema das startups foi particularmente reveladora.
Conectar-se com os profissionais do Gene e do CIB, por exemplo, revela rapidamente que o orgulho vai muito além das conquistas internas do centro de inovação. Ele segue para o impacto positivo na comunidade, na rede econômica e, principalmente, nos negócios que cresceram ali. Essa conexão com fontes e personagens se provou o ponto alto para muitos dos estudantes envolvidos na revista. A experiência vivida por Maria Luiza, outra colega de sala, em sua reportagem sobre o CIB, materializa o valor desses momentos: “Escrever o texto para a revista, contando a história do CIB, foi uma experiência fundamental para o meu desenvolvimento acadêmico, pois me permitiu adquirir importante conhecimento prático. Tive o enorme prazer de entrevistar o professor Udo Schroeder, presidente do CIB, e a professora Marcia Sardá Espíndola, reitora da FURB. Com certeza, esses serão momentos que guardarei com grande carinho dos meus anos na universidade.”
Se no início do semestre o universo do papel de uma incubadora de novos negócios parecia distante, o ponto central da nossa análise nos trouxe uma conclusão reveladora. Ao investigar como ideias se tornam negócios, percebemos que o fenômeno das startups vai muito além da tecnologia, com forte presença em áreas como gestão empresarial. Compreender essa diversidade foi o que, no fim, enriqueceu nosso trabalho e nos mostrou a importância de mergulhar em pautas que, à primeira vista, parecem desafiadoras.
Por: Júlia Cardoso da Silva, Laís Schwabe Junkglaus, Lucas Guerega







