O funcionamento do sistema de adoção no Brasil

Milhares de jovens estão registrados no Cadastro Nacional de Adoção em Santa Catarina

Vinícius Vieira

Nos últimos anos, o assunto de adoção tem sido cada vez mais divulgado na mídia geral, mas onde Santa Catarina se encontra em meio a isso? De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Adoção (C.N.A), o total de crianças e adolescentes registrados é de 9.586 no Brasil todo, em Santa Catarina, a quantidade é de 321 jovens.

O sistema em que o processo de adoção ocorre não é complicado, mas sim muito extenso. A partir do instante em que a criança ou adolescente é abrigada em uma instituição de acolhimento, outras alternativas precisam ser descartadas para que ocorra a adoção. A primeira possibilidade seria a de retorno a família direta, quando excluída, resta a família estendida, parentes próximos com algum vínculo. Já se ambas as tentativas forem descartadas, começa a se buscar uma família provisória.

A equipe responsável por cada acolhimento é composta de um psicólogo e um assistente social. A partir disso, os perfis de pretendentes e crianças são cruzados para que haja uma compatibilidade. “Uma vez disponível para a adoção, essa criança será colocada em família substituta, para esse processo já ocorre uma aproximação, se baseando no perfil que o enredo familiar tem”, explica Rosângela Oliveira, assistente social do Fórum de Blumenau.

Dentro da estrutura das adoções, os fatores que levam a criança ou jovem a esta situação são diversos, desde uma desistência ainda na maternidade, até um problema relacionado ao entorno familiar do jovem. Quando se considera uma situação em que os direitos da criança estão sendo violados, existem diferentes níveis para a atuação dos Assistentes Sociais.

São divididos em três níveis, o nível básico, também chamado de baixa complexidade, seria a participação dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), na situação de vida do menor. Já a média e alta complexidade têm uma maior diferenciação. “As crianças que estão incluídas na média complexidade, diferente da alta complexidade, ainda se mantém sob cuidado de suas famílias, mesmo que com direitos ameaçados, já que o entorno familiar nesse caso não oferece risco ao jovem”, conta Nara Rúbia, assistente social da Alta Complexidade.

Independente da situação, ambas as assistentes sociais deixam claro que a coisa mais importante, quando se trata de adoção, é o afeto e o carinho da família que ficará com a criança, sendo essa biológica, provisória ou estendida. Caso interessada em adotar, a pessoa que deseja dar início ao processo deve buscar conselho no Fórum Municipal de Blumenau.

Confira o passo a passo da adoção

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