Conheça um projeto que tem mudado a vida de mães que passam pela UTI neonatal.

Rebeca Nogueira

No período que ficou no hospital, Jéssica ouviu falar de um lugar que poderia descansar e ao mesmo tempo permanecer na cidade. “Quem falou da casa foram as meninas da UTI neonatal, que acabaram indicando para meu esposo, e logo em seguida entrou em contato com o lugar. ’’Comenta Jéssica mãe dos gêmeos Ingrid e Icaro. 

Com os bebês internados ficou quase impossível retornar para sua casa em Itajaí, Jéssica e o marido encontraram conforto na casa. “A casa do aconchego para mim, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, ali a gente encontra forças.’’

A Casa do Aconchego em Blumenau, é um projeto de expansão junto com o Hospital Santo Antônio. Ela surgiu através de uma iniciativa de empresários da cidade. O objetivo inicial do projeto é atendar as mães que estão nas UTIs neonatal e pediátrica. Na maioria dos casos, as crianças precisam ficar meses internadas e necessariamente precisam da presença da mãe, para amamentar e apoiar nesse processo.

O serviço social do Hospital Santo Antônio faz o encaminhamento conforme a necessidade das mães que necessitam de hospedagem. A maioria dos casos são de famílias que residem em outra cidade, como o caso da Jéssica, e que precisam ficar em tempo integral com a criança. 

Beatriz Bósio, uma das voluntárias da Casa do Aconchego fala como tem auxiliado no cuidado com as mães. “Nós damos toda assistência necessária para elas se sentirem o mais confortável possível. A casa não cobra nenhum valor, tanto a hospedagem quanto na alimentação são gratuitas.’’  

Atualmente, a casa tem capacidade para 12 hóspedes pernoitarem. A maioria das mães usam a casa para fazer as refeições durante o dia e descansar, mas não necessariamente passam a noite. Hoje, a média é de 25 mulheres assistidas por mês. A Casa do Aconchego não cobra nenhum custo das famílias. Para auxiliar nos custos os voluntários promovem brechós com roupas e acessórios.

Uma das questões do projeto é a falta de voluntários, como comenta Beatriz. “Precisamos de voluntários nas doações e no atendimento do brechó, assim também nas atividades de manutenção da casa”, diz a coordenadora da iniciativa. 

O projeto é o único da região do Vale do Itajaí, existem outras casas que dão apoio a pacientes de oncologia, mas não com o mesmo propósito da Casa do Aconchego.                   

Para saber mais sobre a Casa do Aconchego, acesse o site www.asablumenau.com.br e seja também você um voluntário.