Atrações para todos os gostos fizeram a alegria dos visitantes durante os 19 dias de Oktoberfest

Em 2024, a 39ª edição da Oktoberfest traz novidades musicais, sem deixar de lado as tradicionais bandas germânicas que já fazem parte da identidade do evento. A maior festa alemã das Américas vai além da cerveja e das comidas típicas. As atrações musicais são fundamentais para a celebração que remete às raízes culturais alemãs.

Desde a primeira edição da Oktoberfest, em 1984, a música tem sido uma constante celebração da cultura germânica. Diversas atrações estão presentes no evento. Bandas como a Vox3, Banda Cavalinho e Banda do Barril também fazem parte da identidade da festa e são presença garantida há muitos anos.

Ao longo das edições, a programação musical tem se diversificado, trazendo atrações que misturam o tradicional com o moderno. Bandas locais e nacionais, que unem o som típico alemão com influências brasileiras e internacionais, têm ganhado cada vez mais espaço, proporcionando uma experiência musical única. Rogério França, fundador da Vox3, afirma: “Na Oktoberfest, nos sentimos em casa. São 27 anos levando irreverência, humor e nosso trabalho autoral, Chucrute Musik, do qual somos precursores. Foram vários momentos marcantes na festa”.

A Banda Cavalinho, que se apresenta desde o início da Oktoberfest, também retorna. “A Oktober sempre foi um cartão de visitas e subir nos palcos é contagiante. Sentir a energia do público é fantástico!”, destaca Dias, empresário da banda há 25 anos. No entanto, ele compartilhou os desafios enfrentados este ano: “Tivemos uma baixa do nosso vocalista faltando uma semana para o início das oktoberfestas. Ele teve uma crise hipertensiva e precisou se afastar dos palcos”. Apesar disso, a banda continua firme, celebrando a tradição que começou com seu vocalista alemão, Alois Hoffmann, que recentemente se despediu dos palcos após 32 anos de participação.

Jaqueline Rangel, trombonista da Banda do Barril há 5 anos, celebra a oportunidade de fazer parte da festa: “Estou feliz em poder fazer parte de uma festa tão renomada. A Vila Germânica se empenha para que tudo esteja o mais organizado possível, o que faz da Oktoberfest uma experiência única”. Jaqueline, que também é coordenadora de um programa de musicalização na Rede Municipal de Ensino, destaca a emoção de sua estreia em 2015: “desde pequena eu via a banda do Barril com brilho nos olhos”.

“Na Oktoberfest, nos sentimos em casa. São 27 anos levando irreverência, humor e nosso trabalho autoral, Chucrute Musik, do qual somos precursores. Foram vários momentos marcantes na festa”

França

Inovações na 39º edição

Embora a tradição seja um dos pilares do evento, a Oktoberfest de Blumenau também abre espaço para inovações. Entre as novidades deste ano, há bandas internacionais e DJs, que prometem surpreender o público com uma fusão única de estilos e fronteiras.

Tati Rachadel, baixista e cantora da banda Madame Frau, compartilha uma empolgação em estar presente na festa. “Fazer shows na Oktoberfest é muito satisfatório. O palco proporciona uma experiência única, com o público sempre caloroso e dançando conosco”, ressalta a baixista. Fundada em 2019, a Madame Frau é conhecida pela cumplicidade entre suas integrantes, o que, segundo Tati, reflete na energia dos shows: “após as apresentações, as filas de pessoas querendo bater fotos e conhecer a banda é o que mais emociona”, avalia.

Além das tradicionais bandas alemãs, a Oktoberfest em Blumenau também se destaca pelas performances de DJs que reinterpretam as músicas típicas em um estilo mais contemporâneo, atraindo a atenção do público jovem. Entre os destaques do evento está Nathanael Diogo Anibeli, conhecido na cidade de Blumenau como “Dj Nathan Romanos”.

Para Nathanael, tocar na Oktoberfest representa uma experiência única e desafiadora. “Ser um dos poucos DJs a ter a oportunidade de se apresentar sozinho no palco da maior festa alemã das Américas, diante de um mar de pessoas, é extremamente satisfatório e realizador”, afirma o artista. Ele ressalta a importância de animar os foliões até o fim da festa, consolidando seu papel na celebração cultural.

A presença do público

A festa não seria completa sem as histórias dos frequentadores, que viajam de diferentes partes do Brasil para vivenciar a Oktoberfest. Edileine de Oliveira, moradora de Blumenau há 24 anos, conta que adora a festa: “eu amo tudo que é alemão, principalmente as músicas. Não perco uma edição”, comenta.

Raphael Rodrigues, músico de Joinville, estava de passagem pela cidade e com as malas na festa, mas aproveitou para apreciar o evento. “As cantoras têm uma presença de palco espetacular”, comenta Raphael, após assistir à apresentação da banda Madame Frau.

Entre os inúmeros relatos da Oktoberfest, o casal mineiro Lazinha e Arnaldo se destaca por sua longa história com o evento. “Envelhecemos indo nesta festa… Penso que esta foi a de nossa Oktoberfest número 30 “, compartilhou Lazinha. Este ano, pela primeira vez em décadas, foram sem a companhia de amigos, mas a experiência de estarem juntos foi inesquecível. “As bandas, como Bavária e Cavalinho, animaram para todas as idades, e a organização estava impecável”, comenta o casal. Para eles, o começo da semana foi perfeito, com um ritmo mais tranquilo, ideal para casais mais idosos. Saíram da festa cantando com entusiasmo: “Siga a Frida… Siga a Frida…”

“Envelhecemos indo nesta festa, a experiência de estarmos juntos foi inesquecível”

Laizinha

Blumenau, fundada por colonos alemães em 1850, preserva até hoje uma forte ligação com suas raízes germânicas, e a música desempenha um papel fundamental nessa preservação. Durante a Oktoberfest, essa conexão se fortalece, transportando o público para uma atmosfera autêntica e festiva. “A música não é apenas entretenimento, é uma forma de manter viva cultura alemã em todas as gerações”, reflete Adriana da Silva, blumenauense de 42 anos.

Com a fusão de tradição e inovação, a Oktoberfest 2024 é uma celebração que atrai públicos de todas as idades e de diferentes partes do Brasil e do mundo. A diversidade musical, unindo o clássico ao moderno, torna a festa uma experiência cultural completa, reafirmando seu papel como a maior festa alemã das Américas.

Por: Fernanda Koslowski e Heloisa Loos Pasta