Espumantes, vinhos suaves e secos, brancos ou tintos: opções não faltam para quem quer saborear uma bebida com alma italiana.
O que seria de festas italianas sem o vinho? E o que seria a Festitália sem seus parceiros e seu povo? A vinícola San Michele está presente na festa desde a primeira edição, há mais de 30 anos, e hoje é uma das referências quando o assunto é vinho catarinense com alma italiana.
Fabrício Martins é um dos colaboradores com mais tempo de casa: são 21 anos de trabalho com a vinícola e 18 participando diretamente da Festitália. Para ele, a festa é uma maratona intensa, mas também uma das épocas mais especiais do ano.
“Acaba virando uma diversão. Estamos sempre ali dançando e cantando. A gente trabalha, mas também celebra junto”
Fabrício Martins
A vinícola San Michele nasceu em 1991, em Rodeio, fruto de um sonho compartilhado por dois descendentes trentinos: Marcelo Luiz Sardagna e Silnei Alberto Furlani. Eles foram até a Itália para estudar viticultura, a ciência que estuda todos os aspectos da produção e conservação do vinho e, ao voltarem ao Brasil, decidiram homenagear o instituto onde se formaram, San Michele, batizando a vinícola com o mesmo nome.
Mais do que um negócio, a San Michele carrega uma missão: preservar a tradição vinícola trazida pelos imigrantes italianos e oferecer vinhos de qualidade que expressem o território e a cultura local. “A vinícola é um projeto que nasceu com o coração e com o conhecimento. Eles trouxeram da Itália a técnica, mas mantiveram o jeito italiano de fazer as coisas com alma”, comenta Fabrício.




Ao longo dos anos, a presença da vinícola na Festitália se consolidou como um dos destaques da festa. Quem participa do evento com frequência sabe: o estande da San Michele é ponto de parada obrigatória para degustar vinhos premiados, conversar com os atendentes, muitos deles com anos de experiência no evento, e reviver a herança deixada pelos antepassados.
Com um catálogo que abrange vinhos catarinenses e nacionais, a San Michele oferece opções para todos os gostos, desde suaves e espumantes até rótulos mais encorpados. Entre os mais pedidos está o San Michele Barone, um vinho tinto seco com diversas premiações e ótima aceitação entre os visitantes. “Ele é o nosso carro-chefe. O pessoal já chega pedindo pelo nome”, afirma Fabrício.
Na cultura italiana, o vinho não é apenas uma bebida, mas símbolo de afeto, partilha e memória. O hábito de brindar em família, de servir vinho durante as refeições ou em datas especiais é parte da identidade de muitos descendentes de imigrantes. E é esse espírito que se sente ao visitar a San Michele durante a Festitália.
Mais do que vender garrafas, a San Michele ajuda a contar histórias. E a cada edição da Festitália, reforça o compromisso de manter viva a cultura italiana por meio de uma das suas expressões mais nobres: o vinho.
Por: Lucas Rodrigues e Luis Bremm